Estou tão angustiada, tão triste...ainda não consegui me recuperar.
Oi meninas. Desculpem a minha ausência. Hoje eu vim aqui para desabafar.

No dia 13/09/12, recebi a melhor notícia da minha vida, a de que eu estava grávida! Nossa, eu fiquei tão feliz, mas tão feliz, que é difícil até de explicar em palavras. Eu fiquei sabendo através de um exame de sangue (Beta HCG), que fiz, para saber se poderia fazer um tratamento anti acne à base de ácidos (grávidas não podem fazer) e lá estava o beta: "positivo". Como orientação do próprio laboratório, eu refiz o exame 48 horas depois e então, confirmadíssimo! A minha vontade era  de sair gritando para o mundo inteiro ouvir, mas resolvemos (marido e eu) esperarmos um pouco mais, afinal, ainda era muito cedo (minha menstruação se quer estava atrasada).
Eu estava com alguns exames de rotina, solicitados pela minha médica (clinica) e tinha revisão marcada para aquela semana. Levei os exames, conversei com a médica e ela perguntou se eu gostaria que ela solicitasse uma ultrassom, para saber se estava tudo certinho e já levá-la para a ginecologista. Eu adorei a ideia e marquei a ultra, para o dia 17/09, dia em que eu também teria consulta com a GO.
Escolhi uma clinica chamada Multiclicina, que fica aqui em Salvador, no bairro da Pituba, na Avenida Paulo VI. Fui atendida pela "médica" (dá até raiva chamá-la assim) Milena Freitas (CRM 12640). Meninas...vocês não fazem ideia de como essa senhora foi GROSSA e ESTUPIDA comigo. As frases dela foram: "Há um saco gestacional vazio." "Não tem bebê nenhum aqui." "Você está enganada." Aquela palavras doeram tanto, mais tanto...nem sei de onde tirei forças para mostrar o Beta...dizer que não podia ser... Aff! É horrível lembrar disso.
Bom, eu saí de lá totalmente arrasada e fui direto para a minha GO. Esta sim, Dra. Rosana Azevedo (atende na Clivale do Iguatemi) me acalmou, disse que a médica realmente não poderia ter agido dessa forma, me pediu um outro beta para  acompanharmos a evolução (ele deve dobrar a cada 48 ou 72 horas) e uma nova ultra dali a 7 dias.
No dia seguinte, tive um pequeno escape, um corrimento marrom. Liguei para minha GO, desesperada e ela disse que era normal nessa fase e me mandou usar um medicamento (progesterona) via vaginal.  
Fiz o Beta. Tudo certo. A gravidez estava evoluindo sim! Fiz a ultra (02/10) e então, duas novas surpresas: a médica viu 2 vesículas vitelinas (cada bebê precisa de um), logo era uma gravidez gemelar (que benção!), mas em seguida uma notícia triste...eu estaria grávida de 6 semanas e 2 dias (segundo a conta que eles fazem que é feita a partir do primeiro dia da sua última menstruação), logo a médica deveria ouvir batimentos cardíacos e não ouviu. Vimos o embriãozinho com apenas 0,5 cm, saco gestacional bem implantado, as duas vesículas, mas ainda só dava para ver um bebê. Ai meninas...lá saí eu totalmente confusa e com medo. Corri para internet. Li inúmeros casos de mães falando que também não conseguiram ouvir o coraçãozinho do seu bebê na sexta semana. Fiquei mais calma e resolvi esperar. A minha GO, me passou mais uma ultra para ser feita 10 dias depois desta.
Na mesma noite, eu tive sangramento. Já não era mais a "borrinha marrom". Era mesmo sangue. Corri para o hospital (Espanhol). Meu marido esteve todo esse tempo do meu lado me apoiando. Foi muito bom tê-lo por perto. O médico que me atendeu, foi taxativo: "Sem batimentos com 6 semanas...provavelmente você teve um aborto. Terá que fazer uma ultra daqui a 7 dias para confirmar e nada mais...é só esperar." Gente! Às vezes dá a impressão de que certos profissionais nessa área não têm coração. Voltei para casa arrasada novamente. Acho que nunca havia chorado tanto. 
No dia seguinte, liguei para a GO e contei o que havia acontecido. Ela me disse que não havia o que se fazer, a não ser esperar e refazer a ultra. Os dias passaram lentamente...mantive repouso todos esses dias...e então, no dia  08/10 eu fui fazer a ultra e...surpresa! Lá estava o coraçãozinho do meu bebê piscando, como um sorriso para mim. Quanta emoção!!! A médica disse que ainda não era possível ouvir, mas eu nem me importei. Fiquei tão feliz por saber que estava ali...que estava batendo...que nada mais importava. Ele estava vivo! Ele estava vivo! Voltamos para casa muito felizes, aliviados! Liguei imediatamente para a GO. Ela então me disse para ir ao seu consultório, pois precisava me passar outros exames, para começarmos definitivamente meu pré-natal.
A GO solicitou que eu fizesse entre vários exames, outra ultra no dia 22/10, para que a gente pudesse ouvir os batimentos cardíacos e acompanhar a evolução do bebê. E lá fomos, marido e eu, ansiosos para ouvirmos os primeiros sons do coração do bebê,  ou dos bebês, pois até então, ainda não tínhamos visto o outro embrião. E mais uma vez a notícia não foi boa...aliás, foi a pior que poderíamos ter naquele momento...A gravidez não havia evoluído, eu havia perdido meu bebê. Nesse momento, meu mundo começou a desabar...eu nem sabia o que pensar, a não ser na curetagem...eu sabia que seria muito difícil...pensei também na minha mãe, que está lutando contra um câncer, fazendo quimioterapia...que estava tão feliz com seu primeiro neto... Fomos para casa. Liguei para a GO...o procedimento era mesmo o de procurar um hospital para fazer a cuereta.
Então, aí sim, começou o meu pesadelo...Tive que ficar internada. Minha irmã (amiga para todas as horas) se ofereceu para passar a noite comigo e eu preferi, pois eu já sabia o que iria acontecer e preferi que meu marido não passasse por aquilo.
"Essa é a noite da minha agonia, é a noite da minha tristeza, por isso eu quero morrer..." Esse é um trecho de uma canção, que me veio à cabeça naquela noite. Foram ao todo 4 furadas para que conseguissem uma veia "boa" para o soro e para que pudesse ser usada no dia seguinte para a anestesia (geral). Pesadelo, dor, sangue, muito sangue, aflição, choro, tontura, desmaio, falta de ar, tremor, câimbra, medo...muito medo. É assim que resumo aquela noite do dia 22 de outubro de 2012.
No dia 23/10, pela manhã (10:45) entrei no centro cirúrgico, levei mais uma furada, pois haviam perdido o acesso à minha veia...e de lá saí, sem nada mais na minha barriga...com todas as dores do mundo... mais não dor física...eu preferia dor física...tomaria um analgésico e pronto. Mais e dor na alma..como curar? Só com o tempo...me resta esperar.
Saí do hospital às 22h do dia 23/10. No dia seguinte, pouco menos de 24 horas após minha lata, precisei voltar ao hospital...tive hemorragia. Então mais 3 furadas. Uma para o soro e duas para colherem o sangue para o laboratório. Ao todo já foram 7 "furadinhas" (que doeram bastante). E lá fui eu para uma nova ultra, para saber se havia algo errado com a cureta...e ainda correndo o risco de ter que fazer uma outra, mas Deus se apiedou de mim. Estava tudo bem aqui por dentro, mas eu havia perdido muito sangue, estava com anemia, por isso preciso tomar um medicamento a base de ferro e aprender a me alimentar melhor.
E foi assim, meninas. Que começou e tão rápido terminou esse meu primeiro passo, sim, pois não vou desistir, claro. Por hora nem pensar. O susto foi muito grande. Psicologicamente, ainda estou muito abalada. 




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